tag:blogger.com,1999:blog-1174061471573110682024-03-05T13:40:46.328-03:00Estrelas do Sítio Burle MarxSão inúmeras as plantas fantásticas que Roberto Burle Marx colecionou e aclimatou em seu sítio, lugar que ele considerava, não um jardim, mas um espaço de experiências em paisagismo.
Escrevi, no tempo em que lá estive como diretor, sobre algumas das mais interessantes.Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-34665959826935760872023-11-29T20:32:00.006-03:002023-11-29T20:34:22.095-03:00A Pérgola do Estacionamento da Administração do Sítio Roberto Burle MarxEsta publicação tem, como dizem os americanos (demonstrando a liberdade a que estão acostumados) “a high level of ad-hoc-ness", isto é, foi feita só para corrigir uma situação estranha que encontrei em postagem de um ex-amigo, no Facebook.Quando cheguei para dirigir o Sítio Roberto Burle Marx, em 1995, encontrei amontoadas no chão umas espécies de mãos francesas gigantes, feitas de metal. Eram Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-53771614135656290522020-08-04T13:31:00.014-03:002020-08-13T22:58:58.858-03:00Estrela 20 - Copernicia macroglossaMotivado pelo aniversário número 111 de nosso saudoso
mestre, resolvi, depois de muito tempo, acrescentar mais um capítulo à serie Estrelas do Sítio Burle
Marx.
Trata da ‘palmeira lava-a-jato’. Não! Nada a ver com a
operação que desmontou um grande esquema criminoso em nosso país. Foi apenas o
aspecto da palmeira que sugeriu este apelido.
Um visitante reparou que ela parecia com aqueles grandesRoberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-69297557782869825562010-11-30T00:30:00.021-02:002011-05-10T12:46:58.395-03:00Estrelas 18 e 19 - Artocarpus incisa L. e Pitcairnia multiflora L. B. SmithAs estrelas desta vez são duas e vão juntas por “trabalharem” no mesmo filme, um que já conta com cinco versões: O Grande Motim, baseado em história verídica.Artocarpus incisa e Pitcairnia multiflora relacionam-se de maneira tênue, é verdade, mas o fato de ser tênue, ao invés de diminuir o interesse, no meu wishful thinking, cria-o. A primeira foi o motivo da viagem tumultuada e a segunda Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-34503242158810335552009-12-01T15:05:00.019-02:002011-04-06T16:06:49.235-03:00Estrela 17 - Warscewiczia coccinea (Vahl) KlotzschFoto detalhe de Harri LorenziOriginaria da Amazonia, América Central e Caribe, a estrela desta vez é também planta nacional de Trinidad-Tobago. Seu nome científico, de tão complicado, encontra-se por aí escrito de várias formas, mas acreditamos que a correta é esta do título.Pertence à família Rubiaceae, a mesma do café, da Mussaenda e da Ixora. Os adjetivos associados a esta planta vão de Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-24110758221451509822009-02-27T11:28:00.012-03:002011-04-06T16:13:16.870-03:00Estrela 16 - Solanum cernuum Vell. (ou Solanum castaneum Carvalho)As bonitas que me desculpem, mas, para ser estrela, beleza não é fundamental.Apelidada Árvore do Rato Morto, se existe uma flor feia, é esta. Tanto que, certa feita, depois de apresentar a um grupo de amigos a arvoreta de 3,5m de altura – na ocasião vergada ao peso de inúmeras flores minúsculas, dotadas de longos, desproporcionais, pardacentos e hirsutos pecíolos – senti-me quase culpado diante Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-47922118846669162742009-02-05T15:37:00.005-02:002017-11-23T12:15:03.190-02:00Estrela 15 - Dieffenbachia sp. (Costa Rica)
Logo ao adentrar o Sombral Graziela Barroso, os visitantes geralmente se espantam com o tamanho descomunal de umas plantas, trazidas por Burle Marx das selvas da Costa Rica, que lembram muito as popularmente chamadas “comigo-ninguém-pode”. Mas não sendo da espécie picta, aquela comum e que sabemos ser venenosa, pertencem ao mesmo gênero Dieffenbachia, ao qual o povão atribui poderes de afastar Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-84943535494733208852007-10-11T10:22:00.000-03:002007-10-11T13:35:44.889-03:00Estrela 14 - Ficus mysorensis var pubescensFicus mysorensis B. Heyne ex Roth var. pubescens Roth. A parte meridional da Índia tem duas costas que formam os lados de um ângulo agudo apontado para o sul: a do Coromandel, banhada pelo golfo de Bengala, e a ocidental que é a Costa do Mysore, frente ao Mar da Arábia. A notória perspicácia dos meus leitores me autoriza supor que ambos já adivinharam de onde vem a estrela desta vez. Aqui no Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-11776449306528611532007-09-14T14:27:00.001-03:002007-09-19T12:44:19.579-03:00Estrela 13 - Chloroleucon tortumChloroleucon tortum (Mart.) Barneby & J.W.Grimes<?xml:namespace prefix = o />Chamada vulgarmente de Jurema, Jacaré, Tataré e outros nomes, esta árvore nativa de Búzios e Cabo Frio (segundo Pio Corrêa vai do Rio de Janeiro até o Pará) é uma leguminosa incrivelmente retorcida. Até seu legume (legume em botaniquês designa fruto seco que se abre por duas fendas laterais) contorce-se a ponto de Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-29479077903687194842007-09-11T22:24:00.001-03:002009-03-23T09:25:24.380-03:00Estrela 12 - Copernicia ceriferaCopernicia cerifera M.Esta é a Carnaubeira ou Copernicia cerifera, a palmeira que nos dá a cera.O Sr. Johnson, um dos da Johnson & Johnson, comprou em Fortaleza uma área de mais de um milhão e quatrocentos mil metros quadrados (que depois doou à Universidade Federal do Ceará) para testar quantas Copernicia pudesse e chegou à conclusão de que a cera da velha e boa carnaúba era realmente a maisRoberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-11040258300329989912007-09-11T00:47:00.000-03:002007-09-17T18:19:26.942-03:00Estrela 11 - Pandanus baptistiPandanus baptisti Hort. Existem mais de 700 espécies deste gênero, com 1216 nomes encontrados. Esta é a última, de mais ou menos meia dúzia, a ser utilizada em paisagismo por aqui. Para ser estrela, tamanho não é documento. É o caso deste pândanus, um pigmeu. Diferente de seus primos agigantados, os P. pacificus e P. tectorius, a estrela desta vez funciona como planta de cobertura de terreno.Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-42765175422287026932007-09-05T16:23:00.000-03:002007-09-05T16:41:20.467-03:00Estrela 10 - Euryale feroxEuryale ferox Salisb. Quem seria capaz de imaginar que existisse no planeta algum vegetal comparável à Victoria regia? Pois... existe! Não tão espetacular, é claro – seria exigir muito – mas, ainda assim, incrível. Ela perde da Victoria, nossa íntima, em dois itens importantes: não tem aquelas conspícuas paredes verticais de 15cm nas bordas das folhas e sua flor é muito menor. Mas as folhas Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-34290509494934508512007-09-03T16:59:00.000-03:002007-09-07T13:10:11.641-03:00Estrela 09 - Merianthera burle-marxiiMerianthera burle-marxii Wurdack A estrela desta vez é um verdadeiro ‘Popeye’ do reino vegetal. Não, nada a ver com espinafre. A razão do paralelo está na anatomia singular do simpático personagem: assim como seus antebraços são mais robustos que os próprios braços, também os galhos da planta, ao contrário do que seria de se esperar, engrossam perto das extremidades. Trata-se de um arbusto Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-5965367315794455392007-08-31T12:34:00.000-03:002007-09-05T02:27:45.637-03:00Estrela 08 - Ficus, spFicus sp. Nascida epífita e espontaneamente, semeada no andar superior da floresta por algum pássaro, esta impressionante árvore resplandece além da Pérgola da Flor de Jade*, exibindo poderosas raízes que contrastam com as sombras silvestres e com a folhagem verde-escura de uma monstera escandente em seu tronco. É uma árvore que cresceu na contra-mão do usual e comportado de-baixo-para-cima Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-75495614980668645582007-08-29T23:37:00.000-03:002007-08-29T23:39:59.882-03:00Estrela 07 - Heliconia vellerigeraHeliconia vellerigera Poepp. Num belo dia de 1998, um jardineiro me chamou: acontecia uma coisa espantosa num dos sombrais da coleção. Estava florescendo, e pela primeira vez no Sítio, uma determinada helicônia. Não era isso o motivo do alarme, mas o que vinha à luz: algo híbrido, entre lagosta, pela forma e pela cor, e macaco, por ser pendular e... peluda! Ninguém no Sítio tinha visto nadaRoberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-87344212167892207732007-08-28T12:12:00.001-03:002010-11-30T20:33:35.117-02:00Estrela 06 - Alcantarea edmundoiAlcantarea edmundoi LemeAlguém que me ouça falar de uma bromélia que, quando está em flor, tem 4 metros de altura certamente pensará que é conversa de pescador transposta para o reino da botânica. No entanto, trata-se da mais pura verdade. Refiro-me à Alcantarea edmundoi Leme, que floresceu em março de 2006, pela primeira vez, no Sítio.A designação genérica foi feita em honra de Dom Pedro II, Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-4706837431429211172007-08-27T14:40:00.001-03:002010-11-30T20:35:48.435-02:00Estrela 05 - Astronium graveolensAstronium graveolens Jacq. Dentre as árvores do Sítio, destaca-se uma que tem nome de gente: Gonçalo Alves. Porquê? Não consegui descobrir e, dentre as hipóteses explicativas, certamente muitos considerariam excessiva “forçação de barra” suspeitar de que o nome científico graveolens – cheiro forte – que já serviu para denominar a deliciosa e brasileiríssima graviola, tenha nesse caso sido Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-28440486732504622212007-08-27T12:49:00.000-03:002007-08-28T12:10:54.057-03:00Estrela 04 - Strongylodon macrobothrysFoto Harri LorenziStrongylodon macrobotrys A. Gray – a Flor de Jade. Dentre as atrações arquitetônicas do Sítio Roberto Burle Marx está a “casa” da estrela da vez. É um pavilhão de pouco mais de 400 m², composto de dois ambientes: pérgula (Pérgula da Flor de Jade) e cozinha (Cozinha de Pedra). As maiores festas do grande anfitrião que era Burle Marx tinham seu epicentro gastronômico neste Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-13889719262344321542007-08-23T02:35:00.000-03:002007-08-31T11:30:23.892-03:00Estrela 03 - Corypha umbraculiferaCorypha umbraculifera Um raro espetáculo acontece novamente neste agosto. Dois espécimes de Corypha umbraculifera começaram a florir no Sítio. Esta palmeira, cuja vida tem duração variável entre 40 e 80 anos, é originária do Sri Lanka (antigo Ceilão) e só floresce uma vez. Em compensação, é a maior inflorescência do reino vegetal. Acima da copa de folhas em leque, que começam a secar e cair, Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-46737556193011479162007-08-22T01:25:00.001-03:002018-07-25T22:30:52.352-03:00Estrela 02 - Eucalyptus deglupta
Eucalyptus deglupta Blume
– Um dos gigantes do reino vegetal!
Era o que se ouvia na cerimônia simples que se seguiu a um dos infalíveis saraus domingueiros no sítio de Roberto Burle Marx, no início da década de 80. Roberto plantou, naquela tarde, 3 mudas desta árvore: uma em homenagem a seu irmão Walter, outra em homenagem a sua mãe de criação Anna Piazcek, e a outra... não me lembro, mas foiRoberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-117406147157311068.post-42902071318830581332007-08-16T02:07:00.000-03:002018-07-25T23:00:16.045-03:00Estrela 01 - Ficus pseudopalma
Ficus pseudopalma Blanco
Talvez o único espécime no Brasil hoje. Asiática, natural das ilhas Filipinas, foi classificada por Francisco Manuel Blanco (1778-1845).Esse pé de planta tem uma história intrigante:Quando dava aulas de paisagismo na Escola de Belas Artes da UFRJ, eu mostrava aos alunos as Roberio Diashttp://www.blogger.com/profile/04923177271609510353noreply@blogger.com0