Estrela 03 - Corypha umbraculifera


Corypha umbraculifera

Um raro espetáculo acontece novamente neste agosto. Dois espécimes de Corypha umbraculifera começaram a florir no Sítio. Esta palmeira, cuja vida tem duração variável entre 40 e 80 anos, é originária do Sri Lanka (antigo Ceilão) e floresce uma vez. Em compensação, é a maior inflorescência do reino vegetal. Acima da copa de folhas em leque, que começam a secar e cair, forma-se nova copa, de oito metros de diâmetro, constituída de mais de um milhão de pequenas flores brancas. Quase um quinto das flores oferecem sementes férteis e, cumprida sua parte na tarefa de perpetuação da espécie, a palmeira morre.

A primeira floração de Corypha no SRBM teve início uma semana depois da morte de Roberto, em 1994, e soou como homenagem e confirmação, pois consta que quando ele a plantou um visitante ocasional comentara que, se a planta levava tanto tempo para florir, ele não presenciaria. Resposta de RBM: "– Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros a vejam!".

Todo o processo, desde o aparecimento dos primeiros sinais de florescimento até o fim, durou dois anos e meio. Na época, enviei 1000 sementes (uma porcentagem ínfima) ao Instituto Agronômico de Campinas para testes de germinação, visando maximizar o aproveitamento das preciosas (dada a raridade do evento) sementes. Para nosso espanto, isto se revelou totalmente inútil, mas... por excessivo sucesso! – praticamente todas as sementes germinaram, mesmo as que estavam nas mais adversas condições, como sobre pedras ou dentro d’água!

As fotos mostram o início e o auge de outra estonteante floração em 1998.

Comentários

Anônimo disse…
Sou apaixonada por plantas e tenho uma especial que a "corypha umbraculifera". Tenho percebido que ao longo dos anos esta palmeira tem florescido no Aterro do Flamengo e estão se findando. Não há perspectiva de plantá-las novamente próximo ao MUSEU DE ARTE MODERNA????? Ainda existe um grupo próximo ao Hotel Glória (posto de gasolina) Como podemos fazer para ajudar no seu replantio???????
Anônimo disse…
Hoje, por acaso, vi as coryphas no Aterro do Flamengo e procurei saber seu nome, pois tb sou apaixonada por plantas. Quem me deu a informação foi minha amiga Lília, que por sua vez as conheceu através de uma amiga nossa, a artista e ilustradora botânica Dulce Nascimento. Elas (as coryphas)estão em plena floração, umas, mais distantes, na altura da rua Paissandu, outras, mais próximas, entre o Hotel Glória e o Novo Mundo. Majestosas, como disse a Silvana. Vou lá catar sementes.
Unknown disse…
A Corypha umbraculífera, foi trazida pelo próprio Burle Marx para a ornamentação do aterro. Foi pintada pela ilustradora Dulce Nascimento e sua prancha ganhou o primeiro prêmio numa mostra na ABI em 2008. A prancha pode ser vista no site de Dulce Nascimento.
Habitat Natural disse…
Temos, um exemplar com 15 anos na praça de nossa cidade mais posso dizer que é um filhote ainda, muito pequeno, sei que elas se reproduzem aos 80 anos e depois morrem, meu sonho era conseguir sementes dessa planta para plantar em meu jardim, tespero estar vivo até lá ou alguma pessoa muito bondosa me doe umas sementes, meu site é www,nebegsementes.com.br quem me doar dou um vale compras no meu site! Até mais fiquem com Deus!!!
Cabeça de poeta disse…
Estive há uma semana em Inhotim Jardim Botânico e Museu de arte moderna localizado em Brumadinho, Minas Gerais. Vi uma dessas palmeiras por lá Corypha umbraculífera, cujas sementes procurava há tempos. O Burle Marx deixou três dessas aqui no Ceará, no Campus do Banco do Nordeste, onde trabalho. São novas, cerca de 30 anos. O interesssante é que a palmeira que vi em Inhotim estava soltando sementes, e infelizmente não tive a oportunidade de conversar melhor com a Botânica palestrante sobre a questão do plantio, germinação, etc.. Prá quem estiver interessado nas sementes há contatos no www.inhotim.org.br.

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