Heliconia vellerigera Poepp.
Num belo dia de 1998, um jardineiro me chamou: acontecia uma coisa espantosa num dos sombrais da coleção. Estava florescendo, e pela primeira vez no Sítio, uma determinada helicônia.
Não era isso o motivo do alarme, mas o que vinha à luz: algo híbrido, entre lagosta, pela forma e pela cor, e macaco, por ser pendular e... peluda!
Ninguém no Sítio tinha visto nada parecido (em termos vegetais, pelo menos). Roberto, se a conhecia, nunca nos preveniu.
Hoje, pesquisando pelos aplicativos de busca da Internet – Google, MSN e Copernic –recebi sempre a mesma resposta: “Sua busca não obteve resultados”.
Foi identificada por ninguém menos que o professor Luiz Emygdio de Mello Filho, nosso insubstituível Conselheiro, e confirmada pelo colecionador José Abalo que já teve a coleção de helicônias maior do mundo. Ele disse que esta talvez fosse do Panamá, porque em qualquer corte transversal que se faça naquele país, encontram-se coisas surpreendentes do reino da botânica.
Harri Lorenzi, no livro As Plantas Tropicais de R. Burle Marx, atribui sua procedência às florestas úmidas de Colômbia, Peru e Equador.
Enfim, aí está ela, em todo seu bizarríssimo esplendor.
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