Corypha umbraculifera Um raro espetáculo acontece novamente neste agosto. Dois espécimes de Corypha umbraculifera começaram a florir no Sítio. Esta palmeira, cuja vida tem duração variável entre 40 e 80 anos, é originária do Sri Lanka (antigo Ceilão) e só floresce uma vez. Em compensação, é a maior inflorescência do reino vegetal. Acima da copa de folhas em leque, que começam a secar e cair, forma-se nova copa, de oito metros de diâmetro, constituída de mais de um milhão de pequenas flores brancas. Quase um quinto das flores oferecem sementes férteis e, cumprida sua parte na tarefa de perpetuação da espécie, a palmeira morre.
A primeira floração de Corypha no SRBM teve início uma semana depois da morte de Roberto, em 1994, e soou como homenagem e confirmação, pois consta que quando ele a plantou um visitante ocasional comentara que, se a planta levava tanto tempo para florir, ele não presenciaria. Resposta de RBM: "– Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros a vejam!".
Todo o processo, desde o aparecimento dos primeiros sinais de florescimento até o fim, durou dois anos e meio. Na época, enviei 1000 sementes (uma porcentagem ínfima) ao Instituto Agronômico de Campinas para testes de germinação, visando maximizar o aproveitamento das preciosas (dada a raridade do evento) sementes. Para nosso espanto, isto se revelou totalmente inútil, mas... por excessivo sucesso! – praticamente todas as sementes germinaram, mesmo as que estavam nas mais adversas condições, como sobre pedras ou dentro d’água!
As fotos mostram o início e o auge de outra estonteante floração em 1998.
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